O Melasma não tem cura! É uma condição de pele que normalmente ocorre devido a uma produção acelerada de melanina. A melanina é responsável pela coloração da pele, dos pelos e dos olhos. Consequentemente, o melasma aparece em forma de manchas escuras, especialmente em áreas mais expostas, como rosto, colo, braços e pescoço.
Essa hiperpigmentação afeta principalmente mulheres durante a gravidez e a menopausa. Esses são períodos marcados por grandes alterações hormonais, que impactam diretamente a produção de melanina. Contudo, na menopausa, o risco é ainda maior devido à exposição solar acumulada ao longo da vida. Como os danos solares são cumulativos, essas manchas se tornam mais aparentes, sendo também chamadas de manchas senis.
Sempre cuidei muito do meu rosto por causa da acne que tive na adolescência, mas acabei negligenciando outras áreas. Agora, na menopausa, desenvolvi melasma no colo. Estou em tratamento e percebo melhoras, mas o processo é lento e exige paciência.
O que provoca o aparecimento do melasma?
Os hormônios mais relacionados ao melasma são o MSH (hormônio estimulador de melanócitos), a progesterona e o estrogênio. Esses hormônios aumentam a produção de melanina, pigmento responsável pela coloração da pele. Por isso, pessoas em tratamento de reposição hormonal durante a menopausa devem redobrar os cuidados com a pele.
Outros fatores agravam o melasma, como a exposição solar inadequada. Desde cedo, a radiação UVA e UVB ativa os melanócitos, favorecendo o aparecimento de manchas escuras. Por isso, o uso diário de protetor solar é essencial para prevenir esse processo.
Fatores adicionais incluem: estresse, o uso de anticoncepcionais, alterações hormonais na gravidez, calor, traumas ou agressões à pele e predisposição genética. Esses elementos podem intensificar o problema, tornando os cuidados preventivos indispensáveis.
Aspectos psicológicos
O clima tropical do Brasil, com sol abundante e calor constante, é desafiador para quem enfrenta o melasma. Esses fatores podem limitar atividades ao ar livre, como frequentar praias, piscinas ou mesmo caminhar pelo bairro. Ademais, essas restrições impactam diretamente a vida social e familiar, prejudicando momentos de lazer e convívio.
Com o tempo, essas limitações podem levar a impactos emocionais significativos. Estudos mostram que pessoas com melasma muitas vezes desenvolvem uma percepção negativa de si mesmas, sentindo vergonha de sua aparência. Além do que, pode resultar em isolamento social e, em casos mais graves, depressão.
Entretanto, o custo elevado dos tratamentos é outro obstáculo. Muitos procedimentos são caros e nem sempre apresentam resultados imediatos, gerando frustração. Sabe-se que o tratamento do melasma é personalizado e requer disciplina com uma rotina de cuidados diários. Essa exigência de comprometimento faz com que algumas pessoas desistam, perpetuando o ciclo de insatisfação.
Ademais, o melasma é mais do que um problema estético; ele afeta profundamente a qualidade de vida. Buscar orientação profissional é essencial para encontrar soluções adequadas e acessíveis, tanto no tratamento quanto no suporte emocional.
Como tratar as manchas?
Contudo, para tratar o melasma, é indispensável consultar um dermatologista. O médico avaliará cada caso, considerando a extensão e a intensidade das manchas. Os tratamentos podem incluir procedimentos dermatológicos, medicamentos orais e tópicos, como peeling químico, microagulhamento e laser.
Medicamentos tópicos contendo hidroquinona, ácido azelaico, ácido retinóico, ácido glicólico e corticosteroides são amplamente utilizados. Em alguns casos, o ácido tranexâmico, administrado por via oral, pode ser indicado por sua ação na inibição da produção excessiva de melanina.
Concomitante a qualquer tratamento, está o uso diário de protetor sola. Sendo item fundamental, com reaplicação ao longo do dia. Considerando também, o uso de barreiras físicas, como chapéus e óculos escuros, que também irão ajudam a proteger a pele. Para quem utiliza carro, o uso de películas protetoras nos vidros é recomendável, e para quem anda a pé, um guarda-chuva pequeno pode ser um excelente aliado contra os raios solares.
Mudança de hábitos para evitar o melasma
Lembre-se: o melasma é uma condição crônica, sem cura definitiva, caracterizada por períodos de melhora e piora. Assim como as manchas surgem gradativamente, o clareamento também é um processo lento e progressivo, exigindo paciência e comprometimento.
Porém, a prevenção ainda é a melhor estratégia para lidar com o melasma. Pequenas mudanças nos hábitos diários podem fazer uma grande diferença no controle da doença. A escolha de um produto com fator de proteção alto, preferencialmente com proteção contra raios UVA e UVB, e aplique-o em quantidade suficiente para cobrir todas as áreas expostas, incluindo braços, pescoço e colo. Mesmo em dias nublados, o hábito do protetor solar deve ser igual ao de escovar os dentes.
A importância da educação e do suporte
Um aspecto muitas vezes negligenciado no combate ao melasma é a falta de informação e suporte. Muitas pessoas que sofrem com essa condição, desconhecem a importância de uma rotina de cuidados adequada e as opções de tratamento disponíveis. A educação em relação à prevenção e ao manejo da doença é essencial para empoderar os pacientes a tomarem decisões mais conscientes.
Contudo, faz-se necessário a adoção de campanhas de conscientização que podem ajudar a desmistificar o melasma, Promovendo informações claras sobre suas causas, fatores agravantes e soluções. Junto ao melasma, pode-se trazer a importância da prevenção também para evitar o câncer de pele. Além disso, é importante criar redes de apoio para que pessoas que lidam com o melasma possam compartilhar experiências, sentimentos e soluções eficazes.
Ao integrar educação, tratamento e suporte emocional, é possível reduzir não apenas o impacto físico, mas também o emocional e social causado pelo melasma. Juntos, esses fatores podem transformar uma condição desafiadora em uma jornada de autocuidado e superação.
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